Provérbios trata deste
mundo e do governo de Deus: “tudo o que o homem semear, isso também ceifará”
(Gl 6:7). Isso é tão verdadeiro hoje como era nos dias de Salomão. O livro pode
ser dividido em quatro partes, com capítulos um a nove formando a primeira
divisão. Introduzidos como provérbios de Salomão, os primeiros seis versos do
capítulo um formam um prefácio, enquanto o sétimo versículo nos dá o nosso
ponto de partida: “O temor do Senhor é o princípio do conhecimento” (AIBB).
Nestes capítulos vemos a sabedoria contrastada com os encantos sedutores da “mulher
estranha” – dois caminhos, um para a vida, e o outro para a morte. “Porque
o que me achar (sabedoria) achará a vida, e alcançará favor do Senhor”
(Pv 8:35). “Porque a sua casa (a
da mulher estranha) se inclina para a morte, e as suas veredas para os
mortos: todos os que se dirigem a elas não voltarão, e não atinarão com as
veredas da vida” (Pv 2:18-19). A sabedoria é vista não como a
faculdade do homem, mas como algo a ser diligentemente procurado. Frequentemente
personificada, vemos isso muito distintamente revelado no oitavo capítulo, com
Cristo introduzido no versículo 22 como a sabedoria de Deus.
Os capítulos 10 a 24
são “provérbios de Salomão” (Pv 10:1). Para aquele que escuta, eles
fornecem um caminho a seguir. Estes são os provérbios de acordo com os
princípios dos primeiros nove capítulos – “Cova profunda é a boca das mulheres estranhas; aquele contra quem o Senhor se irar, cairá
nela” (Pv 22:14).
Os capítulos 25 a 29
formam um complemento ao que foi dito antes. “Também estes são provérbios de Salomão, os quais
transcreveram os homens de Ezequias, rei de Judá” (Pv 25:1). No capítulo
30, temos “Palavras de Agur, filho de Jaque, o oráculo. Disse este varão a
Itiel, a Itiel e a Ucal” (Pv 30:1). O capítulo final, capítulo 31, conclui
com as palavras do rei Lemuel, a profecia que sua mãe lhe ensinou (Pv 31:1). Os
primeiros nove versos consistem em conselhos de uma mãe para seu filho, o rei,
enquanto os versículos restantes apresentam a “mulher virtuosa” – “enganosa
é a graça, e vaidade, a
formosura, mas a mulher que
teme ao SENHOR, essa será louvada” (Pv 31:30). De Agur, não sabemos nada
além do nosso capítulo. Alguns especularam que Agur é outro nome para Salomão,
mas “o filho de Jaque” sugeriria de outra maneira. Também tem sido
sugerido que o rei Lemuel é Salomão, e embora não possamos dizer com qualquer
certeza, continua a ser uma possibilidade.
Interessante!
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