Amós era um pastor e um
cultivador de figos, não um profeta, nem mesmo filho de um profeta. O Senhor o
impediu de seguir o rebanho e o instruiu a profetizar: “Vai, profetiza ao Meu
povo Israel” (Amós 7:14-15). A linguagem empregada por Amós reflete sua
ocupação anterior; de uma bela forma, o Senhor ajusta o vaso para Seu próprio
uso.
Amós fala de
julgamento, mas se Deus vai julgar, primeiro avisará Seu povo. “Tocar-se-á a
buzina na cidade, e o povo não estremecerá? Sucederá qualquer mal à cidade, e o
Senhor não o terá feito? Certamente o Senhor JEOVÁ não fará cousa alguma, sem
ter revelado o Seu segredo aos Seus servos, os profetas. Bramiu o leão, quem
não temerá? Falou o Senhor JEOVÁ, quem não profetizará? (Amós 3:6-8). De
acordo com esta mensagem, Amós inicia sua profecia dois anos antes do terremoto
(Amós 1:1), sem dúvida o mesmo evento mencionado por Zacarias (Zc 14:5).
Os dois primeiros
capítulos abrangem uma única profecia; os capítulos restantes são profecias
separadas. Começando com as nações que ocuparam a terra de Israel – Síria, Gaza
e Filístia, Tiro, Edom, Amom e Moabe – e terminando com Israel e Judá, o
julgamento é pronunciado. As nações são julgadas pela forma que trataram
Israel. Judá é julgado por ter desprezado a lei do Senhor (Am 2: 4) e Israel
por não andar no temor do Senhor e profanar Seu santo nome (Am 2:6-8). Nossa
caminhada deve concordar com a nossa posição: “Andarão dois juntos, se não
estiverem de acordo?” (Am 3:3). Embora Amós tenha profetizado em Israel –
as dez tribos (Am 7:10-13) – tanto Israel quanto Judá são abordados: “toda a
geração que fiz subir da terra do Egito” (Am 3:1).
Deus tinha suportado o
povo em paciência; agora não podia mais (Amós 7:8), pois os frutos do verão
devem ser consumidos quando maduros (Amós 8:1-2). Um remanescente justo seria
preservado (Am 3:12; 9:9-10). Deus os levantaria novamente; eles plantariam pomares e comeriam o fruto deles. Ele os plantaria na terra, e eles não seriam mais arrancados
(Am 9:14-15).
Muito bom.
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