Os colossenses haviam
ouvido o evangelho – embora aparentemente não tenha sido do apóstolo Paulo (Cl
2:1) – e o receberam. Ele poderia elogiá-los por sua fé, amor e esperança (Cl
1:4-5). A semente tinha sido plantada, e trouxe fruto (Cl 1:6). No entanto,
encontramos uma insinuação de um problema na referência de Paulo a Epafras: “Como
aprendestes de Epafras, nosso amado conservo, que para vós é um fiel ministro
de Cristo” (Cl 1:7). Os santos de Colossos estavam sendo seduzidos pelo
fascínio da filosofia e do ritualismo. Como os de Atenas, o homem natural
deseja sempre “dizer e ouvir alguma novidade” (At 17:21). No entanto, o
que eles estavam prestes a ouvir do apóstolo Paulo só confirmaria o que eles já
haviam ouvido falar de Epafras. Voltando aos elementos do mundo, eles estavam,
de fato, afastando-se de Cristo; eles não estavam retendo a liderança de Cristo
em toda a sua plenitude.
As Glórias de Cristo – Capítulo 1
Tendo dado graças pelas
coisas que ele tinha ouvido falar deles, Paulo ora para que eles possam ser “cheios
do conhecimento da Sua vontade, em toda a sabedoria e inteligência espiritual”
(Cl 1:9). O desejo de Deus por nós não é nada menos que isso. O apóstolo dá
graças ao Pai por aquilo que eles – e nós, como crentes – têm como presente condição:
“que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz; O Qual
nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do Seu
amor; em Quem temos a redenção pelo Seu sangue, a saber, a remissão dos pecados” (Cl 1:12-14).
As glórias de Cristo
seguem. Ele é o Criador do universo; por Ele todas as coisas subsistem. Ele não
só tem o primeiro lugar como Criador, mas “Ele é a Cabeça do corpo da Igreja:
é o princípio e o Primogênito dentre
os mortos, para que em tudo tenha a preeminência. Porque foi do agrado do Pai que toda a plenitude n’Ele
habitasse. E que, havendo por Ele feito a paz pelo sangue da Sua cruz, por meio
d’Ele reconciliasse Consigo mesmo todas as
coisas, tanto as que estão
na Terra como as que estão nos
céus” (Cl 1:18-20). Assim, a fundação para a bênção universal da criação é
estabelecida na Cruz. Para aqueles que continuam na fé, com a sua esperança
firmemente fundamentada no evangelho, é uma presente coisa consumada (Cl
1:21-23).
Paulo não era apenas um
ministro do evangelho, mas também da Igreja – aquele Mistério que outrora estava
oculto. Assim, ele completou a Palavra (a mente revelada) de Deus (Cl 1:23-25 –
JND).
Morte e Ressurreição – Capítulo 2
Tendo apresentado as
glórias de Cristo, Paulo agora toca em sua preocupação por eles – filosofia e vãs
sutilezas. Como poderiam passar das glórias de Cristo para os rudimentos do
mundo? (Cl 2:8) “Porque n’Ele habita corporalmente toda a plenitude da
divindade. E estais perfeitos n’Ele” (Cl 2:9-10). Foram circuncidados com a
circuncisão não feita por mãos (Cl 2:11). Sepultados com Ele no batismo,
ressuscitaram “pela fé no poder de Deus, que O ressuscitou dos mortos” (Cl
2:12). Temos a realidade das coisas em Cristo. As ordenanças passadas eram “sombras
das coisas futuras, mas o corpo é
de Cristo” (Cl 2:17). Todas as coisas fluem da cabeça; Cristo é a nossa Cabeça
(Cl 2:19). E quanto a esta cena em que vivemos, estamos mortos com Cristo para os
elementos do mundo (Cl 2:20). Que reivindicação eles podem ter sobre nós agora?
Resultados Práticos – Capítulos 3-4
“Se já ressuscitastes com Cristo, buscai
as coisas que são de cima”
(Cl 3:1). Com nossa mente definida nas coisas acima, caminhamos como pessoas
celestiais nesta Terra. Tendo sido despidos do velho com seus atos e tendo sido
revestidos do novo; isto é o que deve governar a nossa vida. A prática Cristã
se manifesta em todas as esferas da nossa vida. “E, quanto fizerdes por
palavras ou por obras, fazei
tudo em nome do Senhor Jesus, dando por Ele graças a Deus Pai” (Cl 3:17).
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