O livro de lamentações
contém a lamentação de Jeremias sobre Jerusalém – outrora grande entre as nações
– agora solitária e desolada (Lm 1:1). O Senhor tinha agido em justiça, mas entender
o governo de Deus contra aquela cidade só aprofundou a tristeza de Jeremias (Lm
1:18).
Jeremias confessou o
pecado da cidade como seu, e sentiu o que significava ser rejeitado por aqueles
por quem chorava. “Vê, Senhor, e contempla, pois me tornei desprezível. Não
vos comove isto a todos vós que passais pelo caminho? atendei, e vede, se há
dor como a minha dor, que veio sobre mim, com que me entristeceu o Senhor, no dia do furor da Sua ira” (Lm
1:11-12). Em sua tristeza, vemos expressado algo da tristeza tão plenamente
sentida pelo Cristo rejeitado.
A retirada do templo e
do altar – coisas necessárias para que o israelita se aproxime de Deus – trouxe
grande angústia a Jeremias (Lm 2:6-7).
Nos dois primeiros
capítulos, Jerusalém é falada como o objeto da ira de Deus. No terceiro
capítulo, Jeremias fala como aquele que carrega a aflição, uma posição típica
de Cristo. “Eu sou o homem que
viu a aflição pela vara do Seu furor” (Lm 3:1).
Os capítulos um, dois e
quatro têm vinte e dois versos, e cada versículo começa com as letras do
alfabeto Hebreu. Da mesma forma, o capítulo 3 tem vinte e duas estrofes de três
versos cada. O quinto capítulo, ao ter vinte e dois versos, não é restringido
por este arranjo, pois é uma oração. Com a confissão feita, Jeremias pode levar
aquilo que afligiu o povo a um Deus compassivo (Lm 3: 22-36) e imutável (Lm
5:19).
Que precioso!
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