sexta-feira, 1 de maio de 2020

Amós

Amós era um pastor e um cultivador de figos, não um profeta, nem mesmo filho de um profeta. O Senhor o impediu de seguir o rebanho e o instruiu a profetizar: “Vai, profetiza ao Meu povo Israel” (Amós 7:14-15). A linguagem empregada por Amós reflete sua ocupação anterior; de uma bela forma, o Senhor ajusta o vaso para Seu próprio uso.
Amós fala de julgamento, mas se Deus vai julgar, primeiro avisará Seu povo. “Tocar-se-á a buzina na cidade, e o povo não estremecerá? Sucederá qualquer mal à cidade, e o Senhor não o terá feito? Certamente o Senhor JEOVÁ não fará cousa alguma, sem ter revelado o Seu segredo aos Seus servos, os profetas. Bramiu o leão, quem não temerá? Falou o Senhor JEOVÁ, quem não profetizará? (Amós 3:6-8). De acordo com esta mensagem, Amós inicia sua profecia dois anos antes do terremoto (Amós 1:1), sem dúvida o mesmo evento mencionado por Zacarias (Zc 14:5).
Os dois primeiros capítulos abrangem uma única profecia; os capítulos restantes são profecias separadas. Começando com as nações que ocuparam a terra de Israel – Síria, Gaza e Filístia, Tiro, Edom, Amom e Moabe – e terminando com Israel e Judá, o julgamento é pronunciado. As nações são julgadas pela forma que trataram Israel. Judá é julgado por ter desprezado a lei do Senhor (Am 2: 4) e Israel por não andar no temor do Senhor e profanar Seu santo nome (Am 2:6-8). Nossa caminhada deve concordar com a nossa posição: “Andarão dois juntos, se não estiverem de acordo?” (Am 3:3). Embora Amós tenha profetizado em Israel – as dez tribos (Am 7:10-13) – tanto Israel quanto Judá são abordados: “toda a geração que fiz subir da terra do Egito” (Am 3:1).
Deus tinha suportado o povo em paciência; agora não podia mais (Amós 7:8), pois os frutos do verão devem ser consumidos quando maduros (Amós 8:1-2). Um remanescente justo seria preservado (Am 3:12; 9:9-10). Deus os levantaria novamente; eles plantariam pomares e comeriam o fruto deles. Ele os plantaria na terra, e eles não seriam mais arrancados (Am 9:14-15).

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