sexta-feira, 1 de maio de 2020

Filipenses

Filipos, a principal cidade da Macedônia (At 16:12), foi a primeira cidade europeia visitada por Paulo. Ele passou por Filipos em ambas as suas segunda e terceira jornadas missionárias. A epístola de Paulo aos Filipenses foi escrita em uma data posterior da prisão em Roma.
Epístolas anteriores de Paulo – Romanos, Coríntios, Gálatas e Efésios – se ocupam de questões doutrinais ou morais. Aqui, o assunto é muito diferente, pois considera a experiência Cristã. Recorda-nos a exortação de José a seus irmãos: “E despediu os seus irmãos, e partiram; e disse-lhes: Não contendais pelo caminho” (Gn 45:24). A palavra “pecado” nunca aparece. A salvação, quando mencionada, não é a salvação da alma, nem é apenas libertação das circunstâncias, pois a glória é sempre o seu fim. A salvação é falada como o resultado completo em glória (por exemplo, Fp 1:19). Somos vistos caminhando pelo deserto, através de um mundo inalterado, mas nós somos alterados. Não temos casa aqui, pois estamos prosseguindo em direção ao alvo “para o prêmio do chamado no alto de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3:14 – JND). Consistente com isso, o nome de Jesus é particularmente associado a esta epístola, e o título “Jesus Cristo” ocorre por toda parte. Ele é o nosso exemplo.

Cristo Nossa Vida – Capítulo 1

Paulo não usa o título de “apóstolo” em seu discurso aos Filipenses, mas sim “servos de Jesus Cristo” (Fp 1:1 – JND). Os santos filipenses eram queridos por ele. Eles eram participantes do evangelho, “desde o primeiro dia até agora” (Fp 1:5). Às vezes sabemos que essa comunhão tinha tomado a forma de dádivas práticas. Embora tivesse faltado a oportunidade, floresceram mais uma vez em seu cuidado para com ele e tinham enviado uma oferta pelas mãos de Epafrodito (Fp 2:25; 4:10).
Por meio da oração dos filipenses e do suprimento abundante do Espírito de Jesus Cristo, isso seria para a salvação de Paulo. Quanto à forma que sua libertação das prisões ocorresse, em vida ou pela morte, não importava. “Cristo será, tanto agora como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte. Porque para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho” (Fp 1:20-21). Cristo é a nossa vida.
Ele desejava que o caminhar deles fosse achado digno do evangelho de Cristo, não aterrorizado pelos seus adversários, pois nos é dado sofrer por Cristo (Fp 1:27-30).

Cristo Nosso Padrão – Capítulo 2

Para completar a sua alegria, Paulo os exorta a “que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo ânimo... De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus” (Fp 2:2, 5). Ele era o Servo perfeito e nosso padrão perfeito.
Paulo não podia mais estar com eles; Eles estavam por conta própria, e tinham que trabalhar a sua própria salvação agora com medo e tremor (Fp 2:12), lembrando, é claro, de que era Deus que operava neles “tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade” (Fp 2:13). No primeiro capítulo, Paulo estava pronto para viver para servi-los no Senhor (Fp 1:24-25); no segundo, ele está pronto para ser derramado como a libação sobre o sacrifício e serviço de sua fé (Fp 2:17). Eles deviam andar de tal forma que Paulo pudesse se alegrar no dia de Cristo (Fp 2:16).

Cristo Nosso Objeto – Capítulo 3

“Resta, irmãos meus, que vos regozijeis no Senhor” (Fp 3:1). As circunstâncias parecem nos desanimar, mas se nossos olhos estão no Senhor, ainda podemos nos alegrar. Paulo tinha todas as causas para ser desencorajado, mas alegria e regozijo são temas sempre presentes em toda esta epístola.
Não há nada para nós nesta cena terrenal. Embora Paulo pudesse ter se vangloriado de suas credenciais terrenas, ele as considerava como nada (Fp 3:8). Chegar a Cristo em glória era o alvo diante dele. Paulo não o tinha alcançado e nem sido aperfeiçoado (Fp 3:12). Aqui ele antecipa o dia em que seu corpo de humilhação seria modelado à semelhança de Seu corpo glorioso (Fp 3:21 – JND). Paulo estava nesta corrida para que ele pudesse atingir o alvo, vendo que ele tinha sido tomado como possessão por Cristo Jesus (Fp 3:12 – JND). “Prossigo, olhando em direção para o alvo, pelo prêmio do chamado ao alto de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3:14 – JND). Cristo é nosso objeto.

Cristo Nossa Força – Capítulo 4

Aqui temos a admoestação prática, “Portanto... estai assim firmes no Senhor, amados” (Fp 4:1). Somos uma ajuda ou um obstáculo? (Fp 4:2-3) Somos cuidadosos e preocupados com muitas coisas? (Fp 4:6) Sobre o que estamos meditando? (Fp 4:8) O que estamos fazendo – pisadas de quem  estamos seguindo? (Fp 4:9)
Paulo aprendeu a se contentar, não importando as circunstâncias: “posso todas as coisas naqu’Ele que me fortalece” (Fp 4:13). Cristo é a nossa força. Paulo, o prisioneiro, aprendeu algo sobre as riquezas daqu’Ele que ele serviu: “O meu Deus, segundo as Suas riquezas, suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus” (Fp 4:19).

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