sexta-feira, 1 de maio de 2020

Daniel

De todos os profetas do Velho Testamento, Daniel é provavelmente aquele com quem estamos mais familiarizados. Existem inúmeras lições práticas a serem aprendidas com a vida desse jovem que propôs em seu coração não se contaminar com a porção do manjar do rei (Dn 1:8). Sua fidelidade é registrada por Ezequiel (Ez 14:14), e como fiel em meio a uma nação gentia, ele é uma figura para nós do remanescente judeu nos dias vindouros.
Como profeta na corte dos reis gentios, ele é usado nos “tempos dos gentios” (Lc 21:24). Do versículo 4 do capítulo 2 até o final do capítulo 7, o livro está escrito em aramaico (siríaco – Dn 2:4). Os conquistadores gentios tinham em sua língua a mente de Deus em relação à autoridade que haviam recebido d’Ele.
O livro pode ser dividido em duas partes. Os seis primeiros capítulos nos dão a história dos monarcas, de Nabucodonosor, rei da Babilônia, até Ciro, o persa (Dn 6:28), e a interação de Daniel com eles. Aqui estão os princípios gerais relativos aos tempos dos gentios. Os detalhes desse período são abordados nos seis capítulos restantes das visões de Daniel.
Existem quatro nações gentias começando com o império babilônico (sob Nabucodonosor). Esse reino seria sucedido pelo persa (sob Ciro), que por sua vez seria suplantado pelo grego (sob Alexandre, o Grande). Um império final, o Império Romano, conquistaria os gregos.
Daniel viveu para ver a grandeza do império babilônico e sua queda para os medos e persas, mas não além; no entanto, o detalhe em que ele descreve eventos futuros é extraordinário – suficiente para confundir historiadores. Embora o império romano tenha declinado e desmoronado, nenhum reino substituto surgiu em seu lugar. Nos dias vindouros, o império romano reaparecerá em sua forma final como uma confederação de dez nações – um animal terrível e espantoso (Dn 7:7).
Neste livro, também descobrimos que 70 semanas (ou períodos de sete) são determinadas sobre o povo de Daniel (os judeus) e sobre a cidade santa de Jerusalém (Dn 9:24). Do mandamento de restaurar e construir Jerusalém (Ne 2) até o Messias, o Príncipe, haveria 69 semanas (7 mais 62; Dn 9:25-26). Quando cada semana é considerada como sendo 7 anos, descobrimos que as 69 semanas, ou 483 anos, foram cumpridas com precisão.
Além disso, um príncipe virá (do povo que destruiria Jerusalém – os romanos) e firmará uma aliança com “os muitos” (JND) por uma semana. Esta é a final e 70ª semana (Dn 9:26-27).
As 70 semanas se encerram com a introdução da justiça eterna (Dn 9:24). Claramente, isso ainda é futuro. A semana aterradora final, um período de 7 anos, dividida em dois períodos de 3,5 anos, é futura (Dn 9:27, 7:25). O presente dia de graça em que vivemos, desde Cristo ao Arrebatamento, é omitido nesta linha do tempo, pois as “setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade(Dn 9:24).

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