sexta-feira, 1 de maio de 2020

Eclesiastes

Ao entender Eclesiastes, é importante ver que a extensão da experiência do indivíduo é debaixo do Sol, uma frase repetida vinte e nove vezes. Há um reconhecimento de Deus, mas nenhuma revelação d’Ele. Enquanto o nome Jeová – o nome do relacionamento sob a aliança – é característico de provérbios, ele não é usado em Eclesiastes.
Suas conclusões são verdadeiras, mas muitas vezes distantes da verdade; eles são a extensão do conhecimento do homem (ver Ec 3:19, por exemplo). Como outro disse, este livro é o “suspiro dos suspiros”[1]. Muitos estão buscando o objetivo ilusivo de felicidade neste mundo materialista, apenas para descobrir que o pouco que encontrar dura um momento fugaz e não pode satisfazer. Além disso, o homem descobre que ele não é nada senão um mortal em decadência; a morte é o seu fim inevitável (Ec 12:1-7). Tudo é “vaidade e vexação do espírito” (Ec 1:14).
O livro termina onde os provérbios começam: “De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus e guarda os seus mandamentos; porque este é o dever de todo homem. Porque Deus há de trazer a juízo toda a obra, e até tudo o que está encoberto, quer seja bom quer seja mau” (Ec 12:13, 14). Sabendo que todas as nossas obras serão levadas a julgamento, é bom caminhar no temor de Deus, este é um primeiro princípio. O homem, no entanto, conhecendo os julgamentos de Deus, optou por andar sem consideração por Deus (Rm 1:32).
Jó em sua profunda prova procurou uma resposta para a questão do sofrimento humano. O pregador por meio da indulgência procurou conhecer a resposta à felicidade humana. Sem revelação divina, o homem não pode tampouco deduzir a resposta para qualquer dessas perguntas. Há apenas Um, cuja glória está acima do brilho do Sol, o próprio Jesus, o Único que pode encher o coração e satisfazer os anseios mais profundos da alma.




[1] N. do T.: Em oposição ao “Cântico dos cânticos” – o livro de Cantares (Ct 1:1).

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