O retorno a Jerusalém
dos judeus do cativeiro não foi um acontecimento aleatório por capricho do rei,
mas sim um cujo tempo exato havia sido profetizado por Jeremias: “Porque
assim diz o Senhor: Certamente que passados setenta anos em Babilônia, vos
visitarei, e cumprirei sobre vós a Minha boa palavra, tornando-vos a trazer a
este lugar” (Jr 29:10). Além disso, o próprio reino sob cuja mão isso
aconteceria, Ciro, foi mencionado muito antes (Isaías 44:28). Os que tiraram
vantagem da oferta foram principalmente de Judá e Benjamin com alguns levitas –
um pequeno remanescente do cativeiro caldeu. Estes são os judeus, um termo
empregado com frequência nesses livros. Jeová permite o retorno deles,
preparando o cenário para a vinda do Messias no Novo Testamento. O retorno está
sob a liderança de Zorobabel, da linhagem real de Davi, mas tudo está sujeito
ao rei da Pérsia.
Antes que as fundações
do templo fossem lançadas e antes que as muralhas da cidade fossem restauradas,
o altar foi levantado, pois ali estava o refúgio deles. A fundação do templo se
seguiu (Ed 3), mas o inimigo está sempre pronto para impedir. Procurando
primeiro unir-se a eles, depois em oposição aberta, ele tentou interromper o
trabalho (Ed 4). O desânimo começou e o trabalho cessou, muito antes do edito
de Artaxerxes (4:17-24). A condição do povo tinha que ser tratada antes que
Deus pudesse mover o rei, e os profetas Ageu e Zacarias foram levantados para
esse fim (Ed 5:1). Como resultado, o templo foi concluído – embora sendo, sem a
arca, uma casa vazia.
Alguns anos depois, um
segundo grupo menor retornou à terra sob a liderança de Esdras (Ed 7-8). Esdras
ficou surpreso ao descobrir que o povo e os sacerdotes haviam se casado com os
habitantes da terra, contrários à palavra da lei (Ed 9-10). A oração que fluía
do coração de Esdras é muito bonita; justificando a Deus, ele se identificou
com os pecados do povo. A confissão é fruto dos apelos de Esdras, e os filhos
do cativeiro se separaram do povo da terra e de suas esposas estranhas (Ed
10:11-12).
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