Filipos, a principal
cidade da Macedônia (At 16:12), foi a primeira cidade europeia visitada por
Paulo. Ele passou por Filipos em ambas as suas segunda e terceira jornadas missionárias.
A epístola de Paulo aos Filipenses foi escrita em uma data posterior da prisão
em Roma.
Epístolas anteriores de
Paulo – Romanos, Coríntios, Gálatas e Efésios – se ocupam de questões doutrinais
ou morais. Aqui, o assunto é muito diferente, pois considera a experiência Cristã.
Recorda-nos a exortação de José a seus irmãos: “E despediu os seus irmãos, e
partiram; e disse-lhes: Não contendais pelo caminho” (Gn 45:24). A palavra “pecado”
nunca aparece. A salvação, quando mencionada, não é a salvação da alma, nem é
apenas libertação das circunstâncias, pois a glória é sempre o seu fim. A
salvação é falada como o resultado completo em glória (por exemplo, Fp 1:19).
Somos vistos caminhando pelo deserto, através de um mundo inalterado, mas nós somos
alterados. Não temos casa aqui, pois estamos prosseguindo em direção ao alvo “para
o prêmio do chamado no alto de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3:14 – JND).
Consistente com isso, o nome de Jesus é particularmente associado a esta
epístola, e o título “Jesus Cristo”
ocorre por toda parte. Ele é o nosso exemplo.
Cristo Nossa Vida – Capítulo 1
Paulo não usa o título
de “apóstolo” em seu discurso aos Filipenses, mas sim “servos de Jesus
Cristo” (Fp 1:1 – JND). Os santos filipenses eram queridos por ele. Eles
eram participantes do evangelho, “desde
o primeiro dia até agora” (Fp 1:5). Às vezes sabemos que essa comunhão
tinha tomado a forma de dádivas práticas. Embora tivesse faltado a
oportunidade, floresceram mais uma vez em seu cuidado para com ele e tinham enviado
uma oferta pelas mãos de Epafrodito (Fp 2:25; 4:10).
Por meio da oração dos
filipenses e do suprimento abundante do Espírito de Jesus Cristo, isso seria
para a salvação de Paulo. Quanto à forma que sua libertação das prisões
ocorresse, em vida ou pela morte, não importava. “Cristo será, tanto agora
como sempre, engrandecido no meu corpo, seja pela vida, seja pela morte. Porque
para mim o viver é Cristo, e o
morrer é ganho” (Fp
1:20-21). Cristo é a nossa vida.
Ele desejava que o
caminhar deles fosse achado digno do evangelho de Cristo, não aterrorizado
pelos seus adversários, pois nos é dado sofrer por Cristo (Fp 1:27-30).
Cristo Nosso Padrão – Capítulo 2
Para completar a sua
alegria, Paulo os exorta a “que sintais o mesmo, tendo o mesmo amor, o mesmo
ânimo... De sorte que haja em
vós o mesmo sentimento que houve
também em Cristo Jesus” (Fp 2:2, 5). Ele era o Servo perfeito e
nosso padrão perfeito.
Paulo não podia mais
estar com eles; Eles estavam por conta própria, e tinham que trabalhar a sua
própria salvação agora com medo e tremor (Fp 2:12), lembrando, é claro, de que
era Deus que operava neles “tanto o querer como o efetuar, segundo a Sua boa vontade” (Fp 2:13). No
primeiro capítulo, Paulo estava pronto para viver para servi-los no Senhor (Fp
1:24-25); no segundo, ele está pronto para ser derramado como a libação sobre o
sacrifício e serviço de sua fé (Fp 2:17). Eles deviam andar de tal forma que
Paulo pudesse se alegrar no dia de Cristo (Fp 2:16).
Cristo Nosso Objeto – Capítulo 3
“Resta, irmãos meus,
que vos regozijeis no Senhor” (Fp 3:1). As
circunstâncias parecem nos desanimar, mas se nossos olhos estão no Senhor,
ainda podemos nos alegrar. Paulo tinha todas as causas para ser desencorajado,
mas alegria e regozijo são temas sempre presentes em toda esta epístola.
Não há nada para nós nesta
cena terrenal. Embora Paulo pudesse ter se vangloriado de suas credenciais
terrenas, ele as considerava como nada (Fp 3:8). Chegar a Cristo em glória era o alvo diante dele. Paulo não o tinha alcançado e nem sido aperfeiçoado (Fp
3:12). Aqui ele antecipa o dia em que seu corpo de humilhação seria
modelado à semelhança de Seu corpo glorioso (Fp 3:21 – JND). Paulo estava nesta corrida para
que ele pudesse atingir o alvo, vendo que ele tinha sido tomado como possessão por
Cristo Jesus (Fp 3:12 – JND). “Prossigo, olhando em direção para o alvo,
pelo prêmio do chamado ao alto de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3:14 – JND).
Cristo é nosso objeto.
Cristo Nossa Força – Capítulo 4
Aqui temos a
admoestação prática, “Portanto...
estai assim firmes no Senhor, amados” (Fp 4:1). Somos uma ajuda ou
um obstáculo? (Fp 4:2-3) Somos cuidadosos e preocupados com muitas coisas? (Fp
4:6) Sobre o que estamos meditando? (Fp 4:8) O que estamos fazendo – pisadas de
quem estamos seguindo? (Fp 4:9)
Paulo aprendeu a se
contentar, não importando as circunstâncias: “posso todas as coisas naqu’Ele que me fortalece”
(Fp 4:13). Cristo é a nossa força. Paulo, o prisioneiro, aprendeu algo sobre as
riquezas daqu’Ele que ele serviu: “O meu Deus, segundo as Suas riquezas,
suprirá todas as vossas necessidades em glória, por Cristo Jesus” (Fp
4:19).
Nenhum comentário:
Postar um comentário