Considerando que os
profetas como Ezequiel e Oseias foram chamados a viver suas profecias, em Jonas
temos um cuja própria vida é o próprio sinal (Mt 12:39). A mensagem que Jonas tinha
que levar era suficientemente simples: “Levanta-te, vai à grande cidade de
Nínive, e clama contra ela, porque a sua malícia subiu até Mim” (Jn 1:2).
Nínive, no entanto, era a capital da Assíria, inimiga de Israel, e antes que
essa mensagem fosse pregada, Jonas tinha que passar pelas profundezas do
oceano. Lá, ele reconhece que “do Senhor vem a salvação” (Jn 2:9).
O nosso Deus é piedoso,
e misericordioso, longânimo e grande em benignidade (Jn 4:2), um Deus que não
tem prazer na morte dos ímpios (Ez 33:11). Deus observou o arrependimento não
fingido daquela grande cidade (Jn 3:10) e a poupou da destruição (Jn 4:11).
Embora Jonas tenha cumprido
sua missão de pregar à Nínive, seu orgulho não pode aceitar a misericórdia de
Deus para o gentio. A reputação de Jonas estava em jogo; a coisa que ele temia
tinha acontecido – o julgamento que ele havia pregado não havia ocorrido (Jn
4:2-3). Da mesma forma, o homem em seu grande orgulho rejeita a graça de Deus;
ele aceita Sua justiça (especialmente quando concerne a outro – embora esta
condene também a ele), mas não Sua graça. Vemos isso com o irmão mais velho na
história do filho pródigo (Lc 15:30).
Deus, em misericórdia,
prepara uma aboboreira para proteger Jonas do terrível calor (Jn 4:6); mas a aboboreira
deve ser removida. Jonas deve aprender os caminhos da ação de Deus em graça –
assim será com Israel, e assim deve ser com cada um de nós. A própria
existência deste livro e seu relato pouco lisonjeiro do autor são provas para
nós da lição aprendida.
A vida de Jonas é uma
imagem profética de Israel. É a história do testemunho infiel e dos negócios
governamentais de Deus com eles. Israel provou ser infiel ao testemunho de Deus
em relação a este mundo e tem sido momentaneamente colocado de lado.
Foi por meio da
infidelidade de Jonas que o nome de Jeová foi tornado conhecido e adorado entre
os gentios (Jn 1:16), e é por meio da queda de Israel que a salvação chegou até
nós (Rm 11:11-15). Em um dia vindouro, Israel será levantado para testemunhar
às nações (Mt 24:14).
Jonas também é um tipo
do Senhor Jesus – Sua rejeição, morte e ressurreição. Ele é a Fiel Testemunha,
aqu’Ele que passou três dias e três noites no túmulo, o Primogênito dentre os
mortos (Mt 12:40; Ap 1:5).
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