A visão de Naum dizia
respeito a Nínive, aquela grandiosa cidade da Assíria (Jn 3:3). Menos de 150
anos haviam decorrido desde que Jonas profetizou, e tornou-se uma cidade de
sangue, cheia de mentiras e roubos, impondo sua soberania sobre os seus povos
conquistados (Na 3:1-4).
Fundada por Ninrode,
descendente de Cão (Gn 10:11 margem; Mq 5:6), Nínive é
uma figura de autoridade usurpada e de independência de Deus. Ninrode ostentava
sua força e poder diante do Senhor – “este começou a ser poderoso na Terra. E
este foi poderoso caçador diante da face do Senhor” (Gn 10:8-9). Este é o
caráter do assírio. Embora usado por Deus como a vara de Sua ira, o assírio
deve ser punido por seu olhar altivo e coração arrogante, “porquanto disse:
Com a força da minha mão fiz isto, e com a minha sabedoria, porque sou
entendido” (Is 10:12-13).
Embora a invasão de
Senaqueribe, sem dúvida, tenha precipitado a profecia, ela se dirige a um dia
futuro em que o rei do Norte voltará a imaginar coisas vãs contra Jeová (Na
1:11) – “Não vos engane Ezequias, dizendo: O Senhor nos livrará. porventura os deuses das nações
livraram cada um a sua terra das mãos do rei da Assíria?” (Is 36:18). Tendo
passado pela terra de Israel, a Assíria – o rei do Norte – será cortada, para
nunca mais passar por ela. Ela é totalmente cortada (Na 1:12-15; Dn 11:40-41).
Embora Deus esteja zeloso,
vingando-Se de Seus adversários (Na 1:2), Sua ira não é indiscriminada. Aqui,
neste livro de juízo, encontramos um dos versículos mais reconfortantes da Escritura
para o dia da angústia, um farol em um tempo de trevas: “O Senhor é bom, uma fortaleza no dia da
angústia, e conhece os que confiam n’Ele” (Na 1:7).
O segundo capítulo
detalha a tomada de Nínive. Embora orgulhosa, ela não era melhor do que a populosa
Nó-Amom – Tebas do Egito (Na 3:8, 10). O livro se encerra com a declaração
solene; “Não há cura para a tua ferida; a tua chaga é grave” (Na 3:19 –
AIBB).
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